sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coração

Ai, coração.....


E agora, o que faço?


Você bate tão de mansinho, quase não o ouço....


Tão baixinho, tão escondido, não te sinto....


Estou de volta a minha solidão


Ela sorri e me abraça.


É tão frio seu abraço, tão vazio


E tão cheio de nada....


Chove, coração...


Esta ouvindo?


Até parece que a natureza adivinha...


Ela é sabia, pois traduz


O que estou sentindo,


Pois as lágrimas que verti por dentro,


Estão lá fora, inundando o mundo.


De repente, quem sabe,


A chuva que agora ouço,


Pode servir de cobertor


Aos solitários,


Aos sem ninguém


E que, por terem a solidão como companheira


E não terem ninguém com quem compartilhar-se


Sentem mais que muita gente


Sentem mais profundamente.


E agora, coração?


Quem vai ouvir o meu grito?


E entender o meu pranto?


Não existe mais o acalanto,


Não existe mais o aconchego


Não existe mais o ombro amigo.


E agora, coração?


O que faço?


Sou forte,

Mas também

Sou criança.






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